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Inteligência emocional nunca sai de moda

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Inteligência emocional ou equilíbrio emocional é uma expressão que está muito em voga, mas por que ela é tão importante assim? No cinema, simulacro da vida real, também não é diferente. Para exemplificar, vamos nos recordar de um grande filme lançado ano passado, “Star Wars 8: Os Últimos Jedi”, dirigido pelo diretor Rian Johnson. O filme traz à tona diversos exemplos de personagens que precisam aprender a lidar com a sua inteligência emocional, tanto para o seu próprio bem, como para o bem comum.

O peso emocional que o filme carrega é extremamente visível e muito parecido com as nossas batalhas do dia a dia. Por exemplo, o famosinho e teimosinho piloto Poe Dameron, possui, sem sombra de dúvida, um temperamento forte e é contra qualquer tipo de alienação, por isso, faz parte da Resistência. Ele é advertido por Leia por ter lhe desobedecido e “gerenciado” um contra-ataque que no final foi bem sucedido, mas que causou a morte de muitos, além de ter destruído muitas naves. Nesse ínterim, novos ataques ocorrem e a general Leia fica inabilitada para comandar, sendo substituída por sua vice, Amilyn Holdo. A pressão psicológica aumenta e a ameaça de destruição da Resistência também, a vice-almirante Holdo diz a tripulação restante que nada há mais a fazer e que o combustível da nave irá acabar a qualquer momento. Revoltado, Dameron levanta um motim, novamente desobedecendo a sua general Leia, que ao se reestabelecer frustra os seus planos e o “bane” de qualquer missão como castigo.

Princesa Leia e Poe Dameron (Star Wars 8: Os Últimos Jedi)

Outra figura emblemática quanto ao seu emocional, é Luke Skywalker, que mesmo como Rey (uma aspirante a Jedi), viajando até o exílio em que ele encontra-se em busca de ajuda para a Resistência, a priori não “amolece” o seu coração. E isso porque Ben Solo foi ensinado por ele a usar a Força, mas passou para o lado negro dela, tornando-se Kylo Ren. Com a persistência de Rey em descobrir a sua ligação com a Força, Luke acaba a iniciando na Força e abre-se com ela acerca de seus erros passados como Mestre Jedi.

A frustração e desânimo de Luke são tão grandes, que Rey parte para encontrar a Resistência sem ele, mesmo após ele ouvir o pedido de ajuda de sua irmã Leia. E o que faz então, Luke mudar de ideia? Ao ver Yoda destruindo o seu templo de exílio, o templo Jedi de Ahch-To, Skywalker tem seu ego e seus valores confrontados e aprende mais uma grande lição com Yoda, de que “melhor professor, o fracasso é”. Após aprender então que o fracasso é a fórmula ideal para o sucesso, ele decide ir ajudar a Resistência.

Rey e Luke Skywalker no templo de Ahch-To (Star Wars 8: Os Últimos
Jedi)

E se todos esses exemplos já mencionados não fossem o bastante, o grande vencedor de pior equilíbrio emocional do longa, é Kylo Ren, agora autointitulado “Líder supremo” após a morte de Snoke. Kylo descobre o esconderijo final da Resistência e vai ao seu encontro para destruí-la definitivamente. Entretanto, o que todos não esperavam e muito menos, o novo líder supremo, é que Luke apareceria de forma virtual. Esse fato muda os caminhos da grande batalha, já que o egocentrismo de Kylo fala mais alto que seu equilíbrio de líder. Ao invés de destruir a tempo o esconderijo ele vai para uma batalha pessoal, o que o faz perder, pois a Resistência consegue fugir com a ajuda brilhante de Rey.

Kylo Ren vs Luke Skywalker (Star Wars 8: Os Últimos Jedi)

Enfim, se a gente parar para pensar bem, é o equilíbrio a maior “força” controladora do universo. E como bem disse Luke Skywalker:

“A Força não é um poder que se tem. É o equilíbrio entre todas as coisas, uma tensão, uma energia que mantém o universo unido”

É o equilíbrio entre os elementos, por exemplo, terra, água, fogo e ar, que não permite que um se sobressaía ao outro, evitando assim, desastres sem precedentes. É o equilíbrio que harmoniza as coisas. Nem mais, nem menos. Ficar nos extremos dos pólos pode ser conflitante e doloroso. E como observou Luke, a “Força” é uma “vaidade”, o que faz lembrar Nietzsche com a sua bem orquestrada “vontade de potência”, Assim, é possível evidenciar que a “Força” ou “vontade de potência” não passa de mera vaidade e pode chegar ao extremo da coisificação das pessoas a fim de dar ao ego “troféus” para alimentar um egocentrismo exacerbado, como o de Kylo Ren.

Enfim, equilíbrio “é a medida de todas as coisas”. Dias mais equilibrados (em todos os sentidos) a todos!

E que a Força esteja com vocês!

 

Texto por Michele Souza









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